sábado, 3 de janeiro de 2015

ÀS PORTAS DE 2015

ÀS PORTAS DE 2015
Com 2015 a bater à porta, dedico aos meus amores (marido, filhos e netos), às amigas e aos amigos, a todos os meus leitores, com votos de felicidade e saúde, o poema que aqui deixo.
NOVO ANO
Sempre que recomeço
eu descuro o tempo
tentando seguir o próprio passo
pelo trilho do ano
que acabou
desenredando os nós
do seu baraço
E aquilo que é futuro
à minha frente
tanto pode ser
rosa como aço
Mas ao querer entender
um outro tempo
eu entreteço
sonho, poesia, liberdade
um ano de luz
no seu começo
Maria Teresa Horta, 31 de Dezembro de 2014

BEBER O CAFÉ PELO PIRES

Ontem a RTP passou cerca da 1 hora da manhã o filme de Manuel de Oliveira  - O Gebo e a Sombra. 

Ficha artística

Michael Lonsdale  Claudia Cardinale  Jeanne Moreau Leonor Silveira  Luís Miguel Cintra  Ricardo Trêpa

Ficha técnica

Adaptação e realização Manoel de Oliveira  a partir da peça deRaul Brandão  Fotografia Renato Berta  Décors Christian Marti Guarda-roupa Adelaide Trêpa  Som Henri Maikoff  MontagemValérie Loiseleux  Montagem de som e mistura Tiago Matos Direcção de produção Jacques Arhex, Joaquim Carvalho Produtores Luís Urbano, Sandro Aguilar e Martine de Clermont-Tonnerre  35mm, Cor, 91’, Dolby SRD, 1.85  © O SOM E A FÚRIA,MACT PRODUCTIONS 2012
Título original:  Gebo et l'Ombre
Género:
Drama      Classificação:
M/12
Outros dados:
POR/FRA, 2012, Cores, 95 min.
Apesar de viver no limiar da pobreza, Gebo continua a sua atividade de contabilista para sustentar Doroteia, a mulher, e Sofia, a nora. A existência daquelas três pessoas é triste e monótona, girando à volta da ausência de João, o filho, que ninguém sabe onde está ou as razões por que partiu. Apesar do velho senhor tentar encontrar maneiras de aliviar o sofrimento das duas mulheres, parece que nada consegue minimizar as suas dores. Até que, sem que já ninguém o esperasse, João regressa. E é a partir daquele momento que o equilíbrio familiar, já de si frágil, se rompe, dando origem a uma catástrofe...
Baseado na peça homónima de Raul Brandão (1867-1930), escrita em 1923, a mais recente obra do mestre Manoel de Oliveira é um retrato da pobreza, da honestidade e do sacrifício.
O "Gebo e a Sombra" teve a sua estreia mundial no início de Setembro de 2012, em dias sucessivos, no Festival de Veneza e na Cinemateca Francesa em Paris - onde a obra do realizador passou numa retrospetiva integral. PÚBLICO

Luís Miguel Cintra faz de amigo de Gebo, e apesar dele ser muito pobre, juntam-se em casa de Gebo para beberem café e conversarem. Quem serve o café é Leonor Silveira, nora de Gebo. Quando serve o café a Luís Miguel Cintra este vê que está muito quente, então põe o café no pires e bebe o café pelo pires.  Quando vi esta cena lembrei-me de quando era criança ia muitas vezes a casa da minha avó Bárbara e no final das refeições bebia-se sempre café por chávenas de café. Eu adoçava o café e depois passava-o para o pires e bebia-o. Sentia um prazer enorme a fazer aquilo. Não sei porquê, mas fazia-o sempre que lá bebia café. Um café muito fraco, mas que me sabia muito bem.   

Li uma critica ao filme neste site brasileiro  que achei bastante interessante
http://www.planocritico.com/critica-o-gebo-e-a-sombra/