segunda-feira, 27 de maio de 2013

Quando a morte não mata

Quando a morte não mata  (Poema publicado por José Manuel Varela  de Almeida
Eu não tenho muito jeito para as palavras, mas o meu Tio José Varela, tinha um dom especial para as colocar no papel. Quero deixar aqui um Poema que foi escrito por ele em 1987 após a morte de sua Mãe, nossa Avó, Barbara Falcato Varela, que é lindíssimo e que agora dedico a ele também.

O teu corpo morreu, mãe...
Só o teu corpo.
E porque, eu compreendo agora
Que um corpo morre quando a alma não cabe nele.
Almas grandes e nobres como a tua,
Sufocam, prisioneiras, das grades do corpo.
E libertam-se.
E a tua libertou-se.
E agora que o teu corpo ficou vazio, mãe,
- E porque tão viva vives dentro de mim -
Absurdo, pôr mais em dúvida a imortalidade da alma.
Mesmo o teu corpo não perecerá em vão:
Em paulatina osmose ele regressará à terra,
(À terra que ele já foi e de onde tudo vem,
A terra que guarda em si a génese de todas as coisas)

E viverá nas plantas...
E viverá nas flores...
E viverá nos frutos;
Nos frutos que darão a vida aos pássaros.
Logo, mãe, eu concluo:
A natureza é a sublimação das coisas,
E eu tenho-te agora maior do que tudo no Mundo.
Do tamanho do Universo.
Estarás agora em tudo,
E no nada,
E na natureza.

E nela viverás em cada Primavera
Que se renova,
Sempre. Sempre. SEMPRE!

MENINAS MASCARADAS

Ao centro a Marianita ( Mariana Alves Mira), filha da Tiasinha ( Monica, irmã mais velha do Tio Zé Alves). À esquerda, suponho, a Maria Guiomar , filha do Tio João Alves e à direita talvez uma prima da Maria Guiomar, enfim estes nomes também dizem muito pouco ou nada à maior parte de vós.



Como era diferente o carnaval nesta altura, e nem pensam como senti o tempo que passou ao escrever " anos 20 do século passado" e na minha memória ter muito vivas as pessoas que viveram este tempo.

AVÔ ANÍBAL

Avô Anibal - Parte I    (Texto da Ana Alves)

CASAMENTO DO TIO ANÍBAL E DA TIA NATÁLIA SIMÕES
O único Falcato com que privei ao longo da minha vida, era um Falcato arraçado de Alves, um Falcat'Alves, e era meu avô. Como não sei muitas estórias de Falcatos, apenas posso contribuir com as deste Falcato, o arraçado.
Lembro-me dele sempre meio velho, de barbas, barrigudo, careca (havia até uma gaiata parva lá na rua, que lhe chamava Pai Natal, que eu achava absurdo, o Pai Natal era a MariFelismina...), e a tremer... E o que ele tremia... Lembro-me que de manhã ele ia sempre levar o leite com nesquik e miluvit à minha avó, e não era preciso ser-se um Sherlock Homes para descobrir exactamente o caminho percorrido por ele, bastava seguir as gotas de leite, e eu um mini Watson, lá ia atrás dele com uma esponja na mão a limpar.
Era o meu avô que me acordava todas as manhã para eu ir à escola. Durante a semana, acordava-me da seguinte maneira: enfiava-me a mão debaixo dos lençois e procurava um pé, assim que o descobria, desatava a puxar-me os dedos, a fazer cócegas, a puxar os dedos, a puxar, e eu, a encolher-me, a encolher, até que ficava toda deitada só na almofada e dizia "já acordei!!", e ele ia todo contente preparar o leite com nesquik e miluvit para a minha avó. Quando chegava o fim-de-semana, era diferente, a especialidade era outra. Imaginem-se a dormir profundamente, e quando menos estão à espera, PIMBA, um saco gorduroso com cheiro a brinhol, vulgo farturas, e cheio de brinhol na cara. Era extraordinário, por mais que eu o tentasse enganar, ou esconder a cara, ele acertava sempre, eu tinha mesmo que levar com aquele saco na cara pela manhã, escusado será dizer que ainda hj o brinhol não é o doce de feira que mais me encanta...
publicada por Rosa Albardeira

O BLOG DOS FALCATOS A NU... ESPERO QUE ME PERDOEM...

Tenho uma explicação a dar aos meus queridos familiares que escrevem como eu no blog "Falcatos a nu..."
Há muito tempo que este blog está praticamente inactivo, o que é uma pena, pois há textos e fotos de família que eu não queria perder de todo. Assim, tomei a ousadia de ir buscar alguns posts ao blog e colocá-los aqui no meu. Penso que não vão ficar zangados comigo, pois esta atitude é como já anteriormente disse, uma forma de não deixar que belíssimos textos caiam no esquecimento. As fotos de tantos acontecimentos que vivemos juntos são uma forma de mostrar como somos uma família unida e divertida.
as minhas desculpas
zuzu