A minha mãe sabe muitos, mas mesmo muitos provérbios; Pedi-lhe para que sempre que se lembrasse de um, o escrevesse. Aqui está uma pequena amostra do que ela se foi lembrando:
- Quem espera por sapatos de defunto, anda toda a vida descalço.
- Todo o pássaro come trigo, só o pardal bravo é que paga.
- Todos fazem mal e o rapaz das vacas é que paga.
- Quem muito bem alinhava, melhor cose
- Quem muito abarca, pouco aperta
- Muita parra, pouca uva
- Em Abril águas mil, coadas por um cantil
- Março marçagão, manhã de inverno e tarde de verão
- Onde irás, que me escaparás
- No melhor pano cai a nódoa
- Por causa de um, pagam todos
- Cada um por si faz vasa
- Chega-te aos bons e serás um deles; chega-te aos maus, serás pior que eles
- Quem boa cama fizer, nela se há-de deitar
- Diz-me com quem viveste, diz o que aprendeste.
- Deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer
- Depressa e bem não o faz ninguém
- Quem te avisa, teu amigo é
- Ao pé do trabalho é que se espera o tempo
- Quem o alheio veste, na praça o despe
- Quem muito corre, muito cansa
- Poupado na farinha, estragado no farelo
- Quem não se fia, não é fiar
- Vale mais um pássaro na mão, do que dois a voar
- Quem dá aos pobres, empresta a Deus
- Bem criada, mal fadada
- Eu fui como o Pedro dias, faltaram-me os bens, cresceram-me os dias
- As pragas são como as procissões, de onde saem é que recolhem
- Não faças mal ao teu vizinho que te vem o mal pelo caminho
- Nunca o invejoso medrou nem quem ao pé dele morou
- Barriga cheia pé dormente, façam-me a cama que estou doente.
- Quem dá o que tem a pedir vem.
- Quem dá o que tem, a mais não é obrigado.
- Deixa lá, a perca está no cabaço.
- Vale mais um velho que me agasalhe, do que um novo que me enxovalhe.
- De Espanha, nem bom vento nem bom casamento
- Quem ao longe vai casar, ou vai enganado ou vai enganar.
- Barriga que não leva dois almoços, não é barriga.
- A vaidade não governa ninguém.
- Quem dá e rouba vai p'ró inferno
- Quem dá e furta vai para o inferno
- Não há luar como o de Janeiro, nem amor como o primeiro.
- No corpo é que se tira a medida
- Quem há-de gabar a noiva? o pai que a quer casar
- Pão quente, muito na mão e pouco no ventre
- Quem mais se arrelia, mais arreliado fica
- Nem ralar nem consumir, o que há-de ser nosso às mãos nos há-de vir
- Nem de inverno, nem de verão largues o teu gabão
- Só nos levantamos depois de cair
- Tomara um cego vê-la e um coxo apanhá-la
- O castigo vem sempre a cavalo
- Ou tudo ou nada, mulher do diabo!!
- Quem muito dorme, pouco aprende.
- Quem brutos cria, brutos tem
- O último a rir é o que ri melhor
- No nascer e no morrer, somos todos iguais
- Não se pode fazer a vontade ao corpo.
- Gato escaldado de água fria tem medo.
- Livra-te do homem que não fala e do cão que não ladra
- O calado vence tudo
- Sou parva e tenho fama, mais parva é quem me chama.
- As aparências iludem.
- Vale mais comermos um prato de sopa onde haja amor, que um belo prato de carne onde haja ódio
- Pobrete mas alegrete
- Mais vale pão seco comido em paz, do que banquete cheio de contendas
- O bom soa e o mal voa
- Coitada daquela que lhe cai na alçada
- Quem não poupa lenha, não poupa o mais que tenha
- Quantos menos vultos, mais claridade
- Vale mais tarde do que nunca
- Um cedo faz uns poucos
- Quem cedo dentésse, cedo irmanésse.
- Feio no berço, bonito à janela
- Quem tudo quer, tudo perde.
- Guardado está o bocado, para quem o merece.
- O medo é do tamanho que se faz
- O bom julgador por si julga
- Gaiola pronta, pássaro morto
- Só havemos de ter o que Deus quer
- Ninguém diga que está bem
- As acções ficam com quem as faz
- Não sirvas a quem serviu, nem peças a quem pediu
- Enquanto o pau vai e vem, folgam as costas
- Se queres ouvir de ti, escuta dos outros.
- Quanto mais trabalho mais tenho ( provérbio brasileiro)
- Amigo não empata amigo.
- Quem não se sente, não é filho de boa gente
- Vale mais tarde do que nunca
- Alguma vez há-de ser verão! (da prima Mónica Borralho )
- Filho és pai serás, como fizeres assim acharás.
- Favas Maio as dá, Maio as tira
- Quem mente, nunca acerta.
- A mentira tem as pernas curtas.
- Isto é uma tropa fandanga! ( é um dizer antigo)
- Vozes de burro não chegam ao céu.
- Até ao lavar dos cesto é vindima
- O calado vence tudo
- Primeiro que cases vê o que fazes
- Não há amor como o primeiro, nem luar como o de Janeiro
- Se não podes com a cruz que tens, leva-a às costas ( ou leva-a de rôjo)
- Tudo ou nada, mulher do diabo
- Quem tem bons padrinhos, não morre de mouro
- Fui à minha vizinha envergonhei-me, vim para casa remediei-me
- Vale mais tarde do que nunca
- O Sol que aquece num lado, aquece no outro
- O Sol quando nasce é para todos
- Ovelha que berra, bocado que perde
- Bem pouco não viverá, quem não o saberá
- Quem entra sai, quem não entra não sai
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