quinta-feira, 23 de maio de 2013

O PRIMO MANEL FALCATO

E este, quem era?   (texto do Pedro  Ruivo)
Era o Manel Falcato, todo janota nesta foto (recortada de outra lá para trás).
Mas não é isso que eu quero saber. O que quero saber é quem era realmente o Manel Falcato? De que massa era feito? Qual o percurso que teve ao longo da vida e porque é que teve esse percurso?

O Manel Falcato era visita frequente em casa dos meus pais.
Aparecia com uns chocolates (sempre da mesma marca) para mim e para os meus irmãos. Sugeria a imagem impressa no papel que enrolava o chocolate, que este fosse comido como se come um hambúrguer nos MacDonalds, ou seja, envolvido por duas nutritivas fatias de pão. É que isto do marketing não é uma invenção do século XXI !!!
O Manel Falcato tinha especial predilecção pela pescaria. E várias vezes acompanhei o meu pai e o Manel à pesca. (Penso aliás que sem a companhia do Manel o meu pai não me teria ensinado a pescar. Comprova-o o facto de não me ter ensinado a caçar, nem, ao menos, a atirar com a espingarda. Bom, isso talvez tenha tentado: lembro-me dum valente coice que apanhei num dos ombros quando atirei um tiro a uma poupa; refeito (eu) do susto, perguntei pelo bicho. Nem um baguinho de chumbo levara para recordação, disseram-me.)
Mas voltemos ao Manel. A maioria das memórias que tenho dele vêem da minha infância. Se quiser aplicar ao Manel uma personagem tipo diria que ele era um Estrumpfe Rezingão. Mas um Estrumpfe Rezingão simpático, mesmo a rezingar.
Como escrevi atrás, várias vezes fui com ele e o meu pai à pesca. Uma dessas vezes ficará em mim guardada para sempre: foi num dia de Inverno, glorioso de Sol e Vento. Fomos para o imenso areal de Tróia e a praia estava completamente deserta. Já aí voltei e hei-de voltar novamente – para ser feliz.
Tudo isto são apenas pequenas recordações infantis.
Mas o Manel Falcato, quem era?

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