Olá GRANDE MULHER e LINDA Zu,
Em primeiro lugar, eu gostaria de agradecer-te as palavras calorosas e o facto de teres incluído no teu artigo o meu nome, mas preferia que não o mencionasses nem falasses de mim. Acredita que me senti tocada e verdadeiramente emocionada, no entanto não me sinto essa mulher de coragem com a qual me defines. Diariamente, tento conviver com a minha doença reumática da melhor maneira possível, eu sei que a tenho, mas não penso muito nisso.
Estou neste momento a explorar as minhas capacidades, a conhecer-me melhor, saber quais são os meus limites. Muitas vezes, excedo-os, pois quero muito conseguir como as outras pessoas. Muitas vezes, coloco a fasquia muito alta e depois logo vem a desilusão.
Sou uma pessoa que tem desistido com muita facilidade de si e durante o seu percurso da doença o que não é benéfico e tem trazido consequências nefastas. Sou muito insegura, com muito pouca auto-estima, o que dificulta este processo. Tenho aprendido muito e tenho evoluído desde que estou convosco, convivendo com as outras pessoas que têm a mesma e outras doenças reumáticas. Neste momento, encontro-me num processo de aprendizagem e estou a dar um passo de cada vez. Por isso quero muito ficar nos bastidores. Eu fico-te grata mais uma vez pelas calorosas palavras e imagina quantas pessoas têm sede de as ouvir. Sinto-me uma privilegiada por te conhecer pessoalmente e de ter a possibilidade de receber de vez em quando, uma mensagem tua.
Tu tens a capacidade através da escrita de injectar coragem, esperança, alegria e coragem tocando emocionalmente as pessoas. Isso tudo é possível não só pela tua vivência e experiência ao longo destes anos, mas pela tua enorme capacidade de amar o próximo, uma alegria contagiante e uma imensa coragem (como outras pessoas que nós conhecemos!).
Adorei o teu texto, no entanto tenta emendar aquilo que te pedi. No mês de Setembro eu estarei de férias. Esta opinião é pessoal não ponhas nada disto no artigo. Fico a aguardar uma resposta tua.
Maria V.
Quem conhece a minha amiga Maria V. sabe que as suas palavras são sentidas e sinceras. Na verdade, ela gosta mais de ficar nos bastidores; contudo, é nos bastidores que ela tem feito um trabalho muito meritório, muito importante para que cada vez mais se sinta uma pessoa corajosa, capaz de enfrentar a doença e "os outros" que por vezes são tão injustos e cruéis